Descubra os fatores de rankeamento do Google, algoritmos como BERT e sistemas como EEAT que priorizam a experiência do usuário (Core Web Vitals), conteúdo de qualidade, backlinks e intenção de busca para resultados úteis e confiáveis. Otimize para melhorar o seu ranking.
Cada buscador tem um padrão e as suas diretrizes que não são 100% abertas ao público. O que temos de informações durante anos de trabalho podemos contribuir com algumas dicas.
Entenda a diferença entre indexação da URL e posicionar a URL (keyword).
Como funciona o mecanismo de busca do Google?
O sistema de classificação do Google é uma estrutura complexa e multifacetada, projetada para organizar centenas de bilhões de páginas da web e outros tipos de conteúdo em seus resultados de pesquisa.
Quando uma nova página é publicada na internet, o Google precisa primeiro descobrir sua URL. Isso geralmente ocorre por meio de sitemaps fornecidos pelos webmasters ou através de links provenientes de páginas já conhecidas. O sistema de rastreamento do Google analisa esses links de saída, o que é útil para o cálculo do PageRank. O tráfego e os links de qualidade aumentam a frequência com que o Google rastreia uma página.
Diferença entre indexação da URL e posicionar a URL
A indexação ocorre quando o Google (ou outro buscador) descobre, rastreia e armazena uma página em seu banco de dados. Se uma URL não está indexada, ela simplesmente não aparece nos resultados de busca, mesmo que exista no seu site.
Como verificar se uma URL está indexada?
- Use o comando
site:seusite.com/url
no Google. - Verifique no Google Search Console (GSC) na seção “Índice do Google” > “Cobertura”.
Por que uma URL pode não ser indexada?
- Bloqueio via
robots.txt
ou meta tagnoindex
. - Falta de links internos ou externos apontando para ela.
- Conteúdo duplicado ou de baixa qualidade.
- Problemas de rastreabilidade (erros 4xx/5xx).
O que é posicionamento de uma URL?
O posicionamento (ou ranking) refere-se à posição que uma URL ocupa nos resultados de busca para uma determinada palavra-chave. Enquanto a indexação (a página está ou não no índice do Google), o posicionamento é variável e depende de diversos fatores de SEO.
Fatores que influenciam o posicionamento
✔ Conteúdo relevante e de qualidade (autoridade no tema).
✔ Backlinks (links de sites confiáveis apontando para sua página).
✔ Experiência do usuário (UX) (velocidade, mobile-friendliness, estrutura clara).
✔ Sinais de E-A-T (Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness).
✔ Engajamento (CTR, tempo de permanência, redução de bounce rate).
Diferença chave entre indexação e posicionamento
Indexação | Posicionamento |
---|---|
A URL está no banco de dados do Google. | A URL aparece em uma posição específica no SERP. |
Pré-requisito para rankear. | Resultado de otimizações contínuas. |
Pode ser resolvida com ajustes técnicos. | Exige estratégia de conteúdo e links. |
Como funciona o sistema de avaliação do Google?
O buscador diferencia entre uma URL e um documento. Um documento pode ser composto por várias URLs com conteúdo semelhante. Nesses casos, o Google seleciona uma versão canônica entre as várias URLs duplicadas para aparecer nos resultados de pesquisa.
Os documentos são armazenados em sistemas como o HiveMind, onde os links armazenados têm maior peso para o ranking. Documentos considerados menos importantes são armazenados em sistemas como o TeraGoogle, o que pode diminuir sua relevância nos resultados de pesquisa.
Importância das datas e atualizações de conteúdo
Sinais de data, como BylineDate e SemanticDate, determinam a relevância temporal de uma página. Manipular datas para parecer mais recente pode resultar em uma penalização no ranking. Além disso, o Google pode rastrear mudanças no conteúdo ao longo do tempo. Alterar drasticamente o tema ou o conteúdo de uma página pode fazer com que o Google reinicie as sinalizações, eliminando qualquer vantagem de SEO prévia.
Quando um usuário realiza uma busca, o buscador analisa os termos utilizados. Palavras-chave relevantes são enviadas ao índice de palavras, onde sistemas como RankBrain e BERT determinam a importância de cada termo e o passam para o sistema de classificação para processamento.
Processo de filtragem dos resultados
O sistema de classificação seleciona os primeiros 1.000 documentos relevantes para a busca. Em seguida, o sistema reduz essa lista para apenas 10 resultados, utilizando filtros que ajustam o ranking por meio de modificações nas pontuações ou nas posições diretamente. Existem centenas de filtros que operam em paralelo para refinar os resultados, como melhorar a diversidade de conteúdo ou dar prioridade a conteúdo recente.
Otimização pela intenção de busca
Os filtros identificam a intenção por trás da busca, seja ela comercial ou informativa. Um documento pode melhorar sua posição se responder melhor à intenção do usuário, como no caso de buscas comerciais, por exemplo, “comprar caneta”.
O grande G utiliza avaliadores humanos para avaliar os resultados de pesquisa e treinar seus algoritmos de aprendizado de máquina. Esses avaliadores não afetam diretamente o ranking, mas suas avaliações influenciam a forma como os algoritmos classificam o conteúdo a longo prazo.
Experimentação e desenvolvimento de novos algoritmos
Sempre será realizado experimentos constantes em seu laboratório, onde desenvolve novos filtros e algoritmos para melhorar a qualidade dos resultados. Esses são testados antes de serem implementados no sistema de classificação.
Embora o Google tenha negado oficialmente o uso de dados de cliques para as classificações, documentos revelam que esses dados são utilizados de forma discreta por motivos de privacidade. O comportamento de cliques e o tráfego nas páginas web afetam as classificações do Google.
O buscador pode rastrear esses comportamentos diretamente dos resultados de pesquisa, mesmo sem o uso do Google Analytics. O navegador Chrome, com mais de 60% de participação no mercado, permite ao Google rastrear padrões de comportamento.
Métricas e ajuste de classificações
As métricas do Google incluem cliques, duração das visitas a uma página e o comportamento de navegação dentro de um site. Essas métricas podem ser utilizadas para ajustar o ranking de páginas com base na relevância e no engajamento do usuário. O sistema analisa esses dados para ajustar as posições dos documentos, recompensando as páginas com bons comportamentos de cliques e deslocando aquelas que não atendem às expectativas de taxa de cliques.
O sistema pode ajustar as classificações em tempo real se detectar mudanças nas tendências de busca. Por exemplo, um aumento nas buscas por “caneta” devido a um programa de TV poderia deslocar resultados orientados a vendas por resultados informativos.
Conforme as diretrizes não se baseia tanto na personalização direta dos resultados de busca, mas sim em modelos preditivos que ajustam as classificações com base em comportamentos agregados dos usuários.
SEO e a importância da experiência do usuário
Para melhorar o desempenho em SEO, é importante diversificar as fontes de tráfego, construir a autoridade da marca, otimizar títulos e descrições para melhorar a taxa de cliques e compreender a intenção de busca dos usuários.
É fundamental evitar backlinks “tóxicos” que possam prejudicar a pontuação do site. A sugestão é sempre otimizar o conteúdo existente em vez de criar constantemente conteúdo novo, e garantir que os cabeçalhos e o conteúdo estejam alinhados corretamente.
Perguntas frequentes:
Quais são os pilares centrais que o Google considera ao avaliar a qualidade e relevância de um conteúdo, especialmente para tópicos sensíveis (YMYL)?
O Google considera o conceito de EEAT (Experiência, Especialização, Autoridade e Confiança) como pilares centrais para avaliar a qualidade do conteúdo. O fator Confiança está no centro dessa avaliação. Para páginas YMYL (Your Money Your Life), que abordam tópicos sensíveis com potencial impacto na saúde, segurança ou finanças dos usuários, os critérios de EEAT são aplicados com maior rigor. Isso significa que o Google busca evidências claras de especialização, experiência comprovada, autoridade reconhecida e, acima de tudo, a confiança que a página ou site transmite.
Como a intenção de busca do usuário influencia os resultados mostrados pelo Google?
A intenção de busca do usuário é um fator crucial para o Google determinar quais resultados são mais relevantes. O algoritmo busca entender o que o usuário realmente deseja ao digitar uma consulta – seja encontrar informações (intenção informativa), pesquisar produtos (investigação comercial), realizar uma compra (intenção transacional) ou navegar para um site específico (intenção navegacional). Com base nessa intenção, o Google pode priorizar diferentes tipos de conteúdo, como artigos informativos para buscas de aprendizado ou páginas de produtos para buscas transacionais, garantindo que a resposta entregue seja a mais adequada à necessidade do usuário.
De que forma os featured snippets (“posição zero”) funcionam e como um site pode otimizar seu conteúdo para aparecer neles?
Featured snippets são resumos diretos extraídos de uma página da web que aparecem no topo dos resultados de pesquisa do Google (a “posição zero”) para responder a uma pergunta específica do usuário. Eles vêm em formatos como parágrafos, listas ou tabelas. Para otimizar o conteúdo para featured snippets, é importante identificar perguntas comuns que os usuários fazem sobre um tópico (muitas vezes através de ferramentas de SEO), responder a essas perguntas de forma clara, concisa e direta no conteúdo (respostas curtas para parágrafos, uso de listas ou tabelas quando apropriado) e estruturar o conteúdo de forma lógica. Analisar os snippets atuais para um termo específico também ajuda a entender o formato preferencial do Google.
Qual a importância da arquitetura do site, links internos e externos para o SEO?
A arquitetura do site e a estratégia de links (internos e externos) são fundamentais para o SEO. Uma arquitetura bem organizada ajuda o Google a rastrear e indexar as páginas, entendendo a hierarquia e a relação entre elas. Links internos conectam páginas dentro do mesmo site, distribuindo autoridade (link juice) e indicando quais páginas são mais importantes. Links externos (outbound links) para fontes de qualidade e autoridade podem ajudar o Google a entender a temática da página e, indiretamente, favorecer o ranqueamento. Backlinks de outros sites (inbound links) são um forte sinal de autoridade e popularidade, sendo um dos principais fatores de ranqueamento.
Como a velocidade da página e outros aspectos técnicos on-page afetam o ranqueamento no Google?
A velocidade da página é um fator de ranqueamento confirmado pelo Google, pois impacta diretamente a experiência do usuário. Sites lentos podem levar a altas taxas de rejeição. Aspectos técnicos on-page como canonical tags (para evitar conteúdo duplicado), links quebrados, erros de HTML e o uso de dados estruturados (Schema markup) também são importantes. Dados estruturados ajudam o Google a entender o conteúdo da página de forma mais clara, podendo resultar em rich snippets na SERP. Manter o site disponível (evitando longos períodos offline) e utilizar HTTPS (certificado SSL) também são considerados sinais de segurança e confiabilidade que influenciam o ranqueamento.
O que são sinais de marca e como o Google os utiliza para avaliar a relevância e confiança de um site?
Sinais de marca são indicadores que ajudam o Google a identificar a existência e relevância de uma empresa ou marca no mercado, influenciando o ranqueamento. Isso inclui menções à marca em outros sites (mesmo sem link), o uso do nome da marca como texto âncora em backlinks, o volume de buscas diretas pelo nome da marca no Google, e a presença e atividade em redes sociais. O Google utiliza esses sinais para medir a popularidade e a reputação da marca, considerando que marcas conhecidas e bem avaliadas tendem a oferecer conteúdo mais confiável e útil.
Quais práticas são consideradas spam pelo Google e podem prejudicar o ranqueamento de um site?
O Google combate ativamente práticas de spam (black hat) para garantir a qualidade dos resultados. Práticas consideradas spam incluem conteúdo de baixa qualidade (copiado, gerado automaticamente, etc.), conteúdo oculto (texto ou links escondidos), conteúdo malicioso (malware), links para sites de má reputação, cloaking (mostrar conteúdo diferente para robôs e usuários), redirecionamentos maliciosos, keyword stuffing (excesso de palavras-chave), doorway pages e domínios estacionados. No contexto de backlinks, spam pode incluir muitos links de baixa qualidade (fóruns, comentários com spam), links de sites não relacionados, links em widgets artificiais e o uso excessivo de texto âncora otimizado.
Quais são alguns fatores que, apesar de especulações no mercado de SEO, o Google já indicou que não utiliza para ranqueamento?
Apesar de muitas especulações, o Google já esclareceu que alguns fatores não são utilizados para ranqueamento. Isso inclui a correspondência exata da palavra-chave no domínio (considerado pouco relevante desde 2012), a idade do registro do domínio, a Autoridade de Domínio e Autoridade de Página (métricas da Moz, não do Google), a prioridade definida no arquivo sitemap.xml, as tags do WordPress e a densidade de palavra-chave como fator direto de ranqueamento. O Google também não utiliza a taxa de rejeição do Google Analytics no algoritmo de busca e não considera “pogo-sticking” (clicar rapidamente em outro resultado após acessar um) como fator de ranqueamento.